Não. Eu não quero partir, bonito.
Mas as coisas estão ficando cada vez mais intensas dentro de mim. E teu ar que não me é recíproco sufoca-me de tal maneira, como se eu estivesse dentro de um lago, ou então dentro do mar submersa, tentando alcança a praia e ondas me viessem afogar. Você me dói de uma maneira inexplicável. Como uma ferida aberta que insiste em não cicatrizar.
Mas as coisas estão ficando cada vez mais intensas dentro de mim. E teu ar que não me é recíproco sufoca-me de tal maneira, como se eu estivesse dentro de um lago, ou então dentro do mar submersa, tentando alcança a praia e ondas me viessem afogar. Você me dói de uma maneira inexplicável. Como uma ferida aberta que insiste em não cicatrizar.
Quando eu era criança cai algumas vezes de bicicleta, mas meu pai dizia que eu ia aprender a andar. Então, me era aceitável todas as feridas causadas aos meus joelhos pelos cascalhos e até mesmo de cacos de vidros. Hoje, meu pai não diz: menina, a ferida vai cicatrizar esperas e verás. Não ele não diz. Talvez porque também já tenha sofrido.
Sabe eu comparo ao meu coração como uma bola. Sim, uma bola. Quando criança ainda, costumava jogar futebol com os amigos, bem menino eu era. E então, jogávamos com uma bola de leite, essas bolas furavam rápido e colávamos de alguma forma. Seu aspecto era terrível, sempre remendada. Mas ainda assim funcionava. Meu coração está tão grande dentro do peito, por ter tantos retalhos tentando salvá-lo.
Eu sinto tanto. Tanto.
Sinto que me perdi nisso tudo. Que não devia ter dado asas ao meu pobre coração. Coração alado e idiota. Masoquista.
Sinto que me perdi nisso tudo. Que não devia ter dado asas ao meu pobre coração. Coração alado e idiota. Masoquista.
É, eu vou embora.
Só preciso de força. Amanhã. Talvez.
Só preciso de força. Amanhã. Talvez.